terça-feira, 17 de dezembro de 2013

De La Tierra - entrevista

Algumas das grandes virtudes da música são sua independência e a possibilidade de troca de experiências. Não há limites. E é exatamente isso o que alguns músicos de países da América do Norte e do Sul resolveram fazer. O nome da empreitada é De La Tierra. Entre os que cuidam dela está um brasileiro de São Bernardo: o guitarrista do Sepultura Andreas Kisser.
Como homem de frente o projeto conta com um argentino, Andrés Giménez, da banda Dmente e ex-A.N.I.M.A.L. Completam o time o contrabaixista argentino, Sr.Flavio, do Los Fabulosos Cadillacs, e o baterista Alex González, do mexicano Maná.
O projeto começou a ser pensado há mais de oito anos entre os amigos Giménez e González. Mas apenas no ano passado, em Buenos Aires, que as coisas começaram a andar de fato. Agora, as ideias saíram do papel, ganharam vida e se tornaram um disco, homônimo, que chega às prateleiras no dia 14 de janeiro pelo selo Warner Music.
De La Tierra não é pop e tampouco traz elementos eletrônicos. É metal, orgânico, pesado, furioso, bem pensado e cantado em espanhol. O disco já conta com um single, a faixa Maldita Historia, que virou videoclipe. Frases brutais de guitarra servem de palco para contrabaixo e bateria coesas serem ilustradas pela voz rasgada e rouca de Giménez.
O nome, De La Tierra, faz referência ao fato de os músicos serem do mesmo continente –, foi ideia do brasileiro. Kisser conta que esse projeto nada tem a ver com empresários. “É coisa nossa mesmo. Fiquei feliz em fazer parte disso”, diz.
O álbum chega com 11 composições que falam de temas referentes às Américas Central e do Sul. “Falamos de religião, política, da nossa história, de extraterrestres, dos astecas, dos maias. Falamos da latinidade. Acho que serve para quebrar preconceitos, para que saibam quão especial é nossa poesia, nossa arte em geral”, afirma o guitarrista.
Apesar da agenda corrida por conta dos outros trabalhos, os músicos se dedicaram e encontraram tempo para mais essa viagem. “O tempo é relativo. Deu para conciliar com as gravações do disco do Sepultura. Apareceu a oportunidade e eu não podia deixar passar. Acho que é saudável tocar com pessoas diferentes. Gosto de tocar com músicos de outros estilos. Tudo é música”, afirma o compositor.
Ansioso para subir com a nova banda aos palcos, o que deve acontecer entre março e abril, o cantor argentino diz que é motivador empreender algo novo. “Amamos a música, então temos que desfrutar. Não quero ter arrependimentos por não fazer”, conta.

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